Como Você Conheceu a Zoe?

Esta é disparada a pergunta mais feita para mim por algumas pessoas nas redes sociais. Nós já até fizemos um vídeo contando a história, mas se você é daqueles que gostam mais do livro do que do filme, aqui vai…

A primeira vez que eu a vi pessoalmente, eu estava lavando alguns pincéis nos tanques que ficam na parte de trás da Igreja Monte Sião, hoje Zion Church. Eu tinha acabado de usá-los para pintar as letras que ficavam no palco do antigo Culto Dunamis que fazíamos toda última sexta-feira do mês, isso em agosto de 2012.

“Mas Israel (Lindo para ela, e para alguns amigos bem seguros de suas masculinidades! Hehehe…), como você foi parar no Dunamis/Zion Church?”

Em 2012, eu fui em uma conferência na igreja que dava cobertura para a igreja que eu frequentava. Sinceramente, eu não estava com muita vontade de ir, na verdade, eu estava com zero vontade. Tinha acabado de acontecer algumas coisas que haviam me machucado bastante e eu estava pronto para sair da igreja novamente. Eu cresci na igreja, meus pais sempre levaram meus três irmãos, minha irmã e eu para a igreja. Sim, somos em 5 filhos! Eu sou o segundo e o que deu mais trabalho… Rsrs.

Acabei indo na conferência…

Na primeira noite o Dunamis estava lá. Quando chegou na hora da palavra, o André Tanaka começou a ministrar junto com outras pessoas da equipe, o Ton Molinari começou a cantar acompanhado apenas do violão, e ali começou um mover do Espírito Santo muito forte, foi algo que me impactou demais! Era como se eu tivesse achado algo que eu estava procurando por muito tempo!

Aí eu pensei: “Eu preciso estar com essa galera!”

Chegando em casa, eu fui logo para a internet procurar saber mais sobre o movimento e vi que tinha uma área para voluntários e parceiros, onde logo me inscrevi. Ali eu também vi uma japinha bem gatinha, foi a primeira vez que vi a Zoe virtualmente!

Na mesma semana, a pessoa que cuidava dos voluntários enviou um email para geral, perguntado quem poderia ajudar a Zoe a pintar as letras do Dunamis, o assunto do email era: 

“Help Zoe!”. Eu tenho esses emails até hoje!

Aí eu já logo pensei:

Vou ajudar essa gatinha a arrumar um maridão e ter uns 8 filhos! Brinks…

Respondi o email falando que eu poderia ajudar, eles me chamaram e foi assim que eu vi pela primeira vez a japa gata pessoalmente!

Quando ela me viu ela falou:

“Ah, você que é o famoso Israel?”

(Já tava doidinha me querendo! Rs… Brinks, mas ela falou isso mesmo.)

Desse dia em diante eu passei a ajudar na montagem dos palcos, e quem era a pessoa responsável por essa área no Dunamis? Ela, minha futura amada esposa: Zoe Miyuri Hayashi Vasconcellos.

Foi um tempo muito bom, onde pude observá-la bastante e minha admiração por ela só aumentava. Eu ficava muito feliz em ver como ela era “a mesma pessoa” quando estava montando o palco e quando estava em cima dele liderando a adoração.

Nesse tempo, eu ainda não frequentava a Zion Church, mas eu frequentava a Escola ZAO, que acontecia no campus Morumbi às terças e quintas-feiras. Foi ali que eu me “apaixonei” por uma outra japonesa! E era uma senhora! Uma senhora cheia de sabedoria, de fala mansa mas com muita autoridade, a doutora Sarah Hayashi!

“Eu quero essa mulher como minha pastora!”

Foi um dos pensamentos que eu tive enquanto eu assistia uma de suas deliciosas aulas.

Quando eu descobri que ela era a mãe da Zoe, falei:

“Pronto, vai ser minha pastora e minha sogra!”

Então no começo de 2013 eu passei a frequentar a Zion Church, minha mãe, Marisa, me acompanhava algumas vezes. (Guarde essa informação!).

Julho de 2013, eu me tornei oficialmente membro da igreja, passando pelo processo e retiro Raízes, que na época chamávamos de retiro Peniel. A igreja estava crescendo e precisando de mais músicos. Não me lembro muito bem como, mas o pessoal ficou sabendo que eu tocava teclado, me chamaram para participar de uma audição e eu passei!

Agora… Quem era a líder do ministério? Ela! Como ela já estava doidinha por mim (brinks de novo), em qual banda ela me colocou? Na dela! Com isso tive ainda mais proximidade para conhecê-la. Mas eu já tinha começado a gostar dela desde o primeiro dia que eu a vi lá no tanque!

Eu revirei todas as redes sociais dela e aprendi muitas coisas que me foram úteis mais tarde. Hehe… Hoje ela fala que eu era um “stalker”, eu acho essa palavra muito forte, prefiro “admirador secreto”. Eu já gostava muito dela, havia se passado quase um ano daquela cena no tanque, acho que é tempo suficiente para saber que era ela quem eu queria para minha vida toda.

Porém, eu ainda não me sentia pronto para iniciar um novo relacionamento. Eu precisava resolver muitas questões dentro de mim e fora também. Não queria colocar tudo a perder me precipitando. No total foram quase 2 anos gostando de alguém, observando e me preparando para algo, sem contar para ninguém!

Em março de 2014, mês do lançamento do seu CD “A Imensidão Azul” no teatro da UniÍtalo, como parte da equipe de montagem de palco e cenografia, fui ajudá-la também. No dia do lançamento houve vários contratempos, desde uma chuva torrencial, que impediu que muitas pessoas chegassem ao local, até a falta de energia elétrica no teatro, que também estava com o gerador quebrado, ou seja, CAOS! O evento precisou ser adiado por algumas horas, acabou rolando, mas nem perto da forma como esperávamos.

Eu lembro como se fosse hoje…

Já tínhamos acabado de desmontar todo o palco, que estava lindo por sinal. Cheio de hortênsias, um banco branco, guirlandas enormes penduradas, até um lustre que ela mesmo havia feito. Maravilhoso! Depois de ter colocado todas as coisas nos carros, partes da decoração, som, etc., por um momento, ficamos parados na porta de trás do teatro que dá passagem para o estacionamento. Ali eu pude ver que ela estava bem triste pela forma como foi o lançamento, minha vontade era dar um abraço nela, mas eu só consegui dizer: “Parabéns! Estava tudo muito bonito!”. Ela me agradeceu pela ajuda e nos despedimos.

Ela como sempre muito generosa, deu um churrasco no final desse mesmo mês para as pessoas que ajudaram no lançamento. Eu que já gosto “pouco” de churrasco, fui. Acabei não ficando muito tempo, segui aquela máxima:

“Já comi e já bebi, mais nada me prende aqui!” Rsrs…

Quando eu estava indo embora, ela veio falar comigo no hall de entrada do prédio dela. Acontece, que alguns dias atrás, também tinha sido o aniversário dela e eu quis dar uma caprichada no presente, só que eu dei o presente na frente de algumas pessoas e isso acabou levantando um burburinho de que eu estava gostando dela, e eu já estava todinho na dela mesmo! Hehehe… Então ela estava preocupada, achando que eu poderia pensar que era ela quem estava espalhando isso.

Ela falou:

“Olha, tem um pessoal falando que você gosta de mim, mas eu queria que você soubesse que não sou eu quem estou falando isso, ok?”

Eu falei:

“É, mas eu gosto mesmo de você!”

Ela deu uma risadinha de canto de boca, continuou falando e depois perguntou:

“O que você disse?”

Eu repeti:

“É isso, eu gosto mesmo de você!”

Aí ela começou a falar que o coração dela estava fechado, que ela gostava de mim como um amigo e que não queria que isso atrapalhasse. Todo aquele papinho de mulher querendo se fazer de difícil! (Brinks de novo). Resumindo, tomei um pé nas nádegas! (Não coloquei bun#@ para a Dra. Sarah não brigar comigo. Rs). Fui embora triste, mas determinado a só desistir o dia que ela tivesse com outra pessoa.

Quando eu conto essa parte da história para algumas pessoas, elas falam:

“Nossa, você deve ter ficado arrasado, né?”

Eu fiquei triste, mas não arrasado. Como eu falei, foram quase 2 anos até eu me sentir pronto para um novo relacionamento. Nesse tempo de espera, eu acabei construindo algo que não tem preço, que foi meu relacionamento com Deus. Todo o vazio que um dia me invadiu, Ele já havia preenchido. Toda minha baixa autoestima, Ele já havia reconstruído. Então à partir disso, o relacionamento não viria para me suprir algo, pois Ele já havia me suprido em tudo o que eu precisava. Eu já era satisfeito!

O tempo foi passando e eu ali, não tocava mais no assunto. Às vezes eu dava alguns presentinhos, como uma bala de leite que eu sabia que ela gostava, da época que eu “stalkeava”, quer dizer, fazia minhas pesquisas em suas redes sociais. Foi quando chegou o retiro de Páscoa que fazíamos na igreja. Esse retiro foi muito engraçado, tiveram várias situações, mas essa parte eu vou deixar para ela contar, pois tem mais a ver com ela.

À partir desse retiro, nossa comunicação no WhatsApp começou a aumentar. Conversávamos mais, eu comecei a pedir com mais frequência para sairmos e ela sempre me negando! Até que um dia, eu estou em casa e recebo uma mensagem dela falando para a gente sair, porém, colocando 3 condições:

1. Que cada um fosse com seu carro; (aqui já dava para eu entender qual era a intenção dela)

2. Que ninguém soubesse; (a Dra. Sarah e meus pais sabiam)

3. Que dividíssemos a conta. (cumpri com as duas primeiras e como um bom cavalheiro, paguei a conta!)

Agora imagine a cena, eu em casa me arrumando, todo pimpão, finalmente tinha conseguido o que eu estava tentando. Do outro lado ela, determinada a me encontrar para colocar um ponto final na história! Acredita nisso?! Ela iria pedir para que não conversássemos mais! Fiquei sabendo disso algum tempo depois.

Só que o que ela não contava, era com o charme desse loirão cabeçudo que vos escreve aqui! Hehe… Brinks. 

Essa parte do jantar é bem legal, fizemos até uma encenação no vídeo e ela conta sobre isso no livro dela: “À Mesa com Ele”. E pela GRAÇA DO MEU DEUS FIÉL E JUSTO, ela não colocou um ponto final nesse jantar!

No dia seguinte, eu estava tomando meu café da manhã na mesa da cozinha da casa dos meus pais, quando minha mãe para de pé na minha frente, coloca as mãos na cintura, (eu conhecia esses sinais, sabia que ia vir bronca!), e diz:

“Você está gostando mesmo dessa menina Israel?”

Eu respondi com um sorriso meio de nervoso, porque eu não estava entendendo o porquê dela estar brava:

“Sim mãe, estou gostando muito dela!”

Agora com a mão direita aberta e balançando na minha direção, ela diz:

“Olha aqui menino, se você machucar essa menina, eu te dou uma surra que você vai ver só!”

(Sim, hoje eu tenho 34 anos e sei, que se eu fizer algo e minha mãe achar que eu mereço uma surra, ela vai me dar sem pensar duas vezes. Talvez não como antes, que ela tinha uma cinta atrás da porta da sala para usar sempre que precisava comigo e meu irmãos, mas uns “cascudos”, isso com certeza! Essa é minha mamãe. Tiamu mom!)

Eu dei risada e perguntei:

“Ué? Não era para ser o contrário? Você não deveria me defender?”

Demos risada juntos e ela me contou:

“Sabia que quando eu a vi lá na igreja eu pensei: Essa seria uma esposa perfeita para o Israel, pena que ela é casada!”

Por algum motivo, minha mãe achou que a Zoe era casada quando a viu nas primeiras vezes que tinha ido comigo na igreja.

Quis colocar essa história neste texto, para lembrar o quão bom é ouvirmos nossos pais. Eles sempre querem o nosso bem e sabem muitas vezes o que é o melhor para nós. Eu sei que existem pais que às vezes não tem muita sabedoria em como falar, como demonstrar amor, como se portar diante de algumas situações, mas no final de tudo, são as pessoas que mais nos amam nesse mundo. Tive a sorte de ter os melhores pais do mundo!

Depois daquele jantar e de não ter tomado o toco final, começamos a ter conversas mais diretas e nos vermos com mais frequência. Passou um pouco mais de um mês ainda, conversávamos de coisas bem específicas, me coloquei em uma posição bem vulnerável para que ela pudesse ter toda a segurança que precisava. Eu não precisava de nada, afinal, eu a observei por muito tempo e tinha a total certeza que era ela que eu queria para a vida toda!

E foi assim, no final do mês de maio de 2014 começamos a namorar, no final de março de 2015 noivamos e no dia 14/07/2016 casamos!

Ambos já havíamos vivido muitas coisas, muitas histórias, algumas dores, que no final, cooperaram para que fossemos primeiramente satisfeitos e completos Nele. Não são duas metades que se juntam e formam um inteiro. São dois inteiros que se juntam e formam UM INTEIRO. Como disse nosso querido amigo Dave Gibbons quando realizou nosso casamento:

“Ele é o steak, Ele é o prato principal, o casamento é a sobremesa!”